O Lobo Solitário

O Lobo Solitário

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A Joaninha

 
 
A Joaninha era uma miúda gira como outra qualquer, no liceu não tinha excelentes notas mas também não tinha notas más, tinha umas curtes, bebia uns copos que em dias de festa passavam um bocadinho da conta, fumava uns cigarritos e por vezes até daqueles que fazem rir.
Certo dia lá arranjou um namoro que durou mais tempo e quando deu por ela já tinha passado um ano, já estava na faculdade e já dava umas quecas com o rapaz.
A Joaninha como qualquer outra miúda, era romântica e aos dezoito anos vivia a vida com enorme intensidade, estava apaixonada e fazia planos para o dia em daria o nó, o seu princepe era quase perfeito, quase não tinha defeitos, a paixão impedia-a de os ver, em todo o caso ele era atencioso, fazia tudo para estar com ela, passava o tempo aos beijinhos, com miminhos e faziam de tudo para praticar o amorrrr.
As coisas iam de vento em popa até ao dia em que o rapaz lhe deu uma facadinha, ele contou-lhe porque acima de tudo respeitava-a e não se sentia bem a engana-la, por outro lado, achava ele que se a amasse verdadeiramente jamais se sentiria tentado a fazer uma coisa daquelas quanto mais concretiza-la.
A Joaninha sofreu muito com a perda, era apenas uma miúda e não estava minimamente preparada para uma coisa daquelas. Durante um tempo viveu triste e com uma enorme raiva do porco do ex namorado, como era possível que tal tivesse acontecido?
Felizmente ela tinha uma boa amiga, uma amiga de longa data considerando a tenra idade, amiga que deu uma ajuda a superar o desgosto levando-a a conhecer a noite das discotecas de Cascais, a amiga já tinha carta de condução e carro emprestado pelos pais e em Cascais o que não faltava era meninos loiros de olhos azuis e com as hormonas à flor da pele.
A Joaninha precisava urgentemente de esquecer aquele porco e para isso nada melhor que entregar-se não de alma mas de corpo a um qualquer rapaz limpinho e bonitinho. Assim foi, até se entregou a mais que um a idade também não era muito importante, quanto mais velho e experiente maior seria o prazer, ela deixou de dar quecas como dava com o porco e passou a foder desalmadamente como se não houvesse amanhã, fodia sempre que podia em qualquer lugar e da maneira mais maluca que lhe fosse possível.
Ela sabia que aquela vida não podia durar para sempre e em menos de um ano voltou ao namoro sério, namorou uns anos até casar, de Joaninha passou a ser a senhora Joana, deixou de dar a quecas que dava com o namorado e passou a ter relações sexuais com o marido, afinal agora era uma senhora e uma senhora tem de ter compostura, o marido bem que gosta de maluquices na cama e de uma certa rambóia, ele até já nem se importava de dar quecas como as que dava antes de casar mas D. Joana, já não estava para aí virada.
Hoje com quase quarenta anos não deixou de gostar de foder, as relações sexuais, coisa completamente mecanizada e que visa a obtenção do orgasmo de forma respeitosa são um bocado aborrecidas embora um orgasmo seja sempre um orgasmo, só que  uma senhora é uma senhora e não se pode dar a pornografias, por vezes lembra-se do quanto eram boas as fodas com os gajos de Cascais, a forma como a agarravam à bruta, a senhora Joana ainda gosta de se sentir dominada quando faz o amorrrr e não resiste a pedir ao marido que a agarre com virilidade, o senhor Zé, para lhe agradar, lá a vai agarrando e antes do coito até fazem umas coisas amalucadas como sexo oral, hééé malucos. 
A D. Joana agora vive aborrecida com a monotonia do sexo em casa e suspira pela rambóia, ou então não...
 

2 comentários:

  1. Sempre ouvi dizer se queres perder uma amante casa. A rotina, as obrigações, o casamento, a presença constante, a falta de privacidade e de espaço próprio matam o amor... aparece outra coisa que se chama companheirismo, amizade, partilha, algo semelhante ao que se tem a um amigo ou a um irmão e como toda a gente sabe os amigos e os irmãos não se desejam e muito menos se fodem.

    Esta é a minha teoria.

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    1. Conheces o velho ditado?
      Quando casam, as mulheres querem que eles mudem
      e eles não mudam, os homens, não querem que elas mudem
      mas elas mudam.
      A falta de privacidade (filhos), acontece muito depois das mulheres terem mudado.
      Sinceramente, acho que depois de casarem, as mulheres acham que os homens passaram a ser propriedade delas e desinvestem na relação, já para não dizer que passam a olhar para nós como um porta chaves.
      A minha teoria é um pouco diferente da tua, beijinho.

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