O Lobo Solitário

O Lobo Solitário

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cada um só tem aquilo que merece.

Não sou um optimista. O que sou é determinado naquilo que me apetece
ser determinado, e continuo convicto até entender que a convicção estava errada
e tenho de mudar. Mas isso não tem acontecido muito.

(Agostinho da Silva)


Ultimamente tenho-me perguntado se mereço tudo aquilo por que estou a passar????
A resposta invariavelmente é, sim, mereço. Cada um tem aquilo que merece.
Para chegar a esta conclusão faço outra pergunta. Será que fiz tudo o que estava ao meu alcance para que hoje as coisas fossem diferentes? A resposta é não.
O presente e o futuro são o reflexo das ações no passado, das coisas que fizemos ou que deixamos de fazer.
Neste momento não faço planos sobre nada nem ninguém, não sou indispênsavel a ninguém a não ser para os meus pais e talvês para os meus filhos, hoje limito-me a viver o dia a dia com desejos, desejos de que os meus filhos tenham a melhor vida possível e de que os meus pais vivam muitos anos e com saúde.
Sou um tipo leal, no amor, na amizade e com os meus princípios, tenho vivido segundo as minhas convicções e as minhas convicções teem-me levado a fazer coisas que hoje não faria ou faria de forma diferente. Não sou nem nunca fui muito ambicioso, sempre dei mais valor às pessoas do que a bens materiais, vivo feliz com o que tenho e há pessoas que com muito menos que eu são igualmente felizes, outras há que com muito mais que eu, são infelizes. Obviamente que gostava de ter um pouco mais mas se tivesse um pouco mais queria mais um pouco e assim sucessivamente, não significava contudo que fosse mais feliz.
A mim o que mais me importa são mesmo as pessoas, são elas que contribuem em grande parte para a minha felicidade, as que fazem parte da minha vida e todas aquelas que me rodeiam, importa-me a fidelidade que me teem. Sobre estas tenho duas certezas, os meus pais são aqueles que melhor me querem, que nunca me atraiçoam e os meus filhos gostam de mim, não me interessa quanto, gostam e pronto, são crianças e se gostam são sinceras como outra criança qualquer.
A minha relação com os outros já foi mais inocente do que é hoje, em tempos não muito longínquos estava sempre bem com todos, bastava que se rissem para mim, a vida tem-me moldado, ensinou-me a ser mais justo comigo, já que tenho que ficar fodido, que fique dizendo o que penso, hoje como mas não me calo e digo às pessoas aquilo que penso delas, sou totalmente transparente, aqueles de quem não gosto rapidamente o percebem, às pessoas de quem  gosto, faço questão de lhes demonstrar o apreço que tenho por elas e não são raras as vezes que chego mesmo a dizer-lhes. Hoje observo as pessoas, reparo nos pormenores, reparo demais, talvês esta observação me cause alguns dissabores, há quem não repare, não queira reparar, ache que não vale a pena reparar, ou que repare e queira acreditar que nada viu, sei lá, cada um tem a sua forma de viver a vida, a minha neste momento é esta, com tudo o que isto implica, de bom e de mau.
Hoje sou mais reativo na minha relação com os outros, como disse atrás, cada um tem aquilo que merece e de mim teem apenas aquilo que fizerem por merecer, não sou grande coisa para que as pessoas se esforcem muito para me agradar, não sou melhor nem pior que ninguém, não pretendo ser exemplo para ninguém a não ser para os meus putos e apenas nos sentimentos porque quanto ao resto, não será difícil ser melhor que eu, muito melhor que eu, hoje sou para as pessoas exatamente o mesmo que as pessoas são para mim ou pelo menos tento.
Não serei por certo uma pessoa de convivência fácil, muitos acusam-me de ter mau feitio, talvêz por dizer aquilo que penso, não sei, não sou decididamente a melhor pessoa para falar de mim.

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