Nem tudo o que brilha é ouro

Esta semana temos assistido na TV a vários exemplos de que nem tudo o que brilha é ouro.

Começou com a zanga entre Pinto da Costa e Paulo Bento, até parece que estão zangados mas na verdade o que o primeiro pretendeu com toda esta novela foi distrair os adeptos portistas ao mesmo tempo que os une, distrai-los dos quatro pontos que levam de atraso e do mau futebol praticado pela equipa atribuindo as culpas ao segundo, não muito longe vão os tempos em que o presidente portista elegia o inimigo do sul para unir as tropas mas neste momento já percebeu que as pessoas do Benfica o deixam a falar sozinho nestas alturas como tal não vale a pena.

Paulo Bento agradece e aproveita para dar uma imagem de autoridade ao melhor estilo de Mourinho. 

Outro exemplo foi o de ontem à noite com Sócrates na RTP em horário nobre, muitos dizem que está a por à prova a liderança de António José Seguro e que neste momento em que o atual governo pode até cair, acaba por vir dar uma injeção de força a Passos Coelho fazendo com que este se mantenha ao leme da nação.

Ninguém me tira da cabeça que Passos Coelho vê ser este o momento exato para ficar muito bem visto aos olhos da Troika, dando um valente empurrão numa carreira diplomática na Europa ao mesmo tempo que passa a batata quente para as mãos do PS, mostrando assim aos portugueses que a oposição não é capaz de melhor na resolução da crise.

Por seu lado, o líder da oposição adota neste momento uma estratégia deliberadamente de esquerda ficando na confortável posição de apenas criticar tudo mas sem querer avançar para qualquer tipo de responsabilidade na resolução dos problemas criados num passado muito recente. 

Conclusão, o Primeiro Ministro quer sair de uma cadeira que começa a queimar verdadeiramente o seu futuro politico nacional e internacional ao acentuar receitas para a crise que se revelaram manifestamente fracassadas e o líder da oposição quer chegar ao poder só depois de Portugal voltar a ter as rédeas dos dinheiro nacionais e aqui entrou Sócrates, que acaba por fazer um enorme favor a Seguro limpando ou tentando limpar a imagem negra que deixou aos portugueses fugindo para França depois de todo o reboliço que provocou no país.