As coisas que mais lixado me deixaram teem a ver com as pessoas que mais amo na vida, os meus filhos.
A primeira foi a minha mulher ter escolhido sozinha o nome para os meus filhos mais propriamente para o A porque a L fiz questão de nem dar palpite.
Depois de saber que estava grávida de um rapaz veio a pergunta óbvia, então que nome vamos dar ao bebé? Lá atirei com alguns nomes, embora não tivessem sido muitos já nem me lembro de todos foram nomes com que a mãe não concordou de todo, a mãe atirou com outros e pronto, o certo é que nunca mais falámos no assunto até ao dia em que veio perguntar-me se eu concordava com o nome que acabou por vir a ser definitivo, bem não foi bem a perguntar-me, foi uma pergunta em jeito de informação, não aprovei o nome, sempre disse que não gostava de nomes começados com a primeira letra do alfabeto e que de futuro poderia ser um fator negativo visto haver fortes possibilidades de ser o primeiro em muitas coisas que lhe poderão vir a provocar alguma ansiedade, até pode ser estúpido da minha parte mas é um motivo tão válido como outro qualquer, como não gostar do nome por exemplo.
Quando tentou discutir o mesmo assunto relativamente à miúda, respondi-lhe apenas que fosse perguntar às pessoas com quem tinha acordado o nome do irmão já que nem sequer tinha sido discutido o timing em que deveríamos ter o segundo filho.
E aqui está a segunda coisa que me deixou realmente lixado.
Antes de engravidar pela segunda vez já tinha havido umas sondagens muito superficiais quanto ao segundo filho até pela parte da minha cunhada, irmã da minha mulher que que na altura trabalhava comigo mas como o assunto não era abordado diretamente, eu por norma era sempre evasivo dizendo que criar dois filhos não é fácil e depois na faculdade pior ainda, essas coisas que se dizem e que não deixam de ser verdade.
Fui percebendo que havia da parte da minha mulher vontade de ser mãe novamente até pela forma como por vezes ficava louca quando fazíamos sexo, aquilo era uma sofreguidão, mas eu mantive-me sempre sóbrio e colocava sempre a camisinha chegada a altura da penetração até porque já começava a perceber o plano.
Um dia como tantos outros, comunicou-me que iria voltar a tomar a pílula, aí confirmei que queria realmente mais uma criança, não me opus, no fundo foi como se eu tivesse concordado embora estivesse contra a forma como a estava a planear, a pílula até era diferente da que durante anos tinha tomado e que nunca tinha dado qualquer tipo de problema, fosse de fiabilidade ou em relação a efeitos secundários, deu-se ao trabalho de retirar da embalagem os comprimidos correspondentes aos dias do mês e fazia questão de deixar a embalagem bem visível na casa de banho, nos dias em que se encontrava no periudo fértil lá demos umas cambalhotas e antes dela dar inicio ao plano fiz-me de parvo e perguntei-lhe se aquela pílula fazia efeito logo na primeira semana da toma, respondeu-me imediatamente que sim que aquela era diferente para melhor.
Otimo que maravilha, "mi engana que eu gosto né".
Sem comentários:
Enviar um comentário