Não sou muito diferente das mulheres no que toca à disponibilidade para o relacionamento afetivo, para falar a verdade penso que nem serei muito diferente da maioria das pessoas mas como as mulheres são bem mais expressivas que os homens quando se fala de afetos, sou forçado a comparar o meu comportamento com aqueles que mais correntemente são relatados.
Não ando bem, não ando nada bem e este meu estado tem forçosamente reflexos em casa, curiosamente ou não este meu estado não me torna mal disposto, agressivo ou algo que o valha mas afasta-me das pessoas, retira-me disponibilidade para afetos e para o dialogo, fecha-me numa concha.
Nestas alturas gostava de sentir um pouco mais de calor humano e mais cumplicidade por parte de quem divide a vida comigo. Não culpo ninguém, ninguém tem culpa que eu me torne numa pessoa mais reservada perante as adversidades, não posso culpar os outros por coisas em que não tiveram a mínima responsabilidade, resta-me neste momento desfrutar dos meus filhos que são extremamente carinhosos.
Estou cada vez mais decidido a sair do país por uns tempos mas receio que o afastamento da família acabe por ter um preço demasiado elevado neste sentido.
Não penso que seja uma pessoa depressiva até evito qualquer tipo de situação que possa contribuir para tal situação mas a conjuntura familiar e principalmente extra familiar empurram-me para um sentimento de impotência e frustração, por vezes tenho receio de me tornar naquilo que não quero.
De momento não vejo nem ouço nada que me dê algum alento e que me motive a continuar a lutar neste cantinho à beira mar plantado ao lado de quem gosto e onde gosto de viver.
Não sirvo de muito, mas se precisares falar, sou boa a ouvir. Parece-me que estás a ficar um pouco ( ou muito) deprimido Deverias procurar sair, distrair-te com pequenas coisas... nem que seja ver o mar. ler um livro, conversar com pessoas na mesma situação...
ResponderEliminarNão podes deixar-te ir abaixo.. tens que arranjar coisas que te façam feliz... investe no que ainda te dá prazer e que seja a custo zero.
Beijinho*
Acredita que serves de muito, sabe muito bem ouvir palavras de alguém que apesar de não me conhecer pessoalmente não me deixa a mínima dúvida de me querer bem, sabe bem acima de tudo e agradeço do fundo do coração os conselhos que me dás.
ResponderEliminarQuanto aos teus conselhos deixa-me dizer-te que são pratica corrente por estes lados, nomeadamente os que são a custo zero, como ler, fazer desporto e falar com pessoas que andam bem fodidas com isto tudo tal como eu, ver o mar já foi bom, depois fartei-me após cinco anos de marinha e muitas horas de navegação, neste momento para mim olhar para o mar é sinónimo de estar longe dos amigos e da família e para isso já bastam as noites e as horas em que passo a pensar em emigrar .
Não estou neste momento afogado em dividas, só tenho o crédito da casa para pagar mas cada vez o trabalho é menos e arranjar novos clientes é quase para esquecer, também não estou seguro de que faturar mais signifique mais proveitos, sei é que a carga fiscal é cada vez maior e por este andar não tarda nada estou com a corda na garganta.
Beijo e obrigado por pela preocupação e pelas dicas.