O negócio das doenças

Já estou farto de ouvir falar nas mamas da Angelina Jolie. Primeiro foi a Angelina, agora já vai em quem fez o mesmo que a atriz...

Que raio, se corria risco de vida, não lhe restava outra alternativa que não fosse o tratamento, se o tratamento passa pela mastectomia total, paciência, se morresse também não ia precisar das mamas para nada, no fundo lutou pela sobrevivência.

Não faço ideia felizmente o trauma que seja lutar contra uma doença como o cancro e não duvido minimamente que para uma mulher seja profundamente traumatizante  retirar os seios mas sinceramente já me chateia tanta celeuma em torno de uma doença que nem sequer é exclusiva das mulheres, como tal, chateia-me ver corridas que teem como lema o cancro da mama ser vedadas aos homens. Porque raio é que um homem que tenha um familiar, amiga/o que padeça deste mal não possa dar apoio neste tipo de eventos, ou até no caso dele próprio já ter sido atingido pela doença fique excluído deste tipo de eventos?

Porque raio havemos de nos preocupar tanto com o cancro da mama e não nos preocupamos da mesma forma com o cancro da próstata? Se é pelo trauma, não me parece que o segundo seja menos traumatizante.

Porque raio não nos preocupamos da mesma forma como o cancro do pulmão? Se calhar até há a mesma preocupação, eu é que ando desatento e não vejo o mesmo tipo de eventos direcionados para os outros cancros.

Que não se pense que sou contra algum tipo de iniciativas que visem o combate às doenças ou o alerta para que as pessoas façam os rastreios, só acho que as doenças associadas aos maus hábitos alimentares que levam em muitos casos à obesidade, ao tabagismo e a falta de exercício físico matam bastante mais que o cancro da mama e esta são doenças que dependem em grande parte de nós próprios no entanto parece que poucos são os que olham para este problema com olhos de ver.

Posso estar completamente errado, se estiver, aqui ficam as minhas desculpas e prometo que me penitencio com vinte vergastadas mas penso que o alarmismo exagerado sobre doenças tem apenas o propósito de dar dinheiro às farmaceuticas, senão vejamos o exemplo das vacinas contra a gripe das aves, a comunicação social obrigou o estado a gastar rios de dinheiro na compra deste tipo de medicamento, depois de adquirido o fármaco o assunto foi esquecido e abandonado nos mesmos meios de comunicação social sobrando assim uma quantidade enorme do medicamento sem que alguém lhe desse uso.