O Lobo Solitário

O Lobo Solitário

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Quem cria um cria dois.




A nossa estória de hoje refere-se a uma senhora que um dia pensou ter mais um filho.
 
Até aqui tudo bem, nada que mereça ser contado, o certo é que a senhora pensou também que não era preciso consultar o marido, os filhos são das mães e quando a mãe é a melhor do mundo o pai não tem nada que opinar, apenas pinar.
Se bem pensou, melhor o fez e pôs mão à obra, engendrou um plano A e um plano B, o plano A saiu furado, o homem não se deixou levar pelo calor da tesão e meteu a camisinha, raios, teve de esperar mais um mês e recorrer à mentira de uma nova pílula que fazia efeito logo com a primeira toma, um espetaculo.
A senhora obviamente engravidou mas segundo ela, de forma acidentalmente.
 
Esta é uma estória idêntica a muitas outras e quando o marido é o pai da criança já não é mau é que 1/3 dos homens anda a chamar filho aos filhos de outros ou seja, se todas as crianças fizessem testes de ADN um terço destas ia ficar a saber que afinal o homem lá em casa a quem chamam pai é apenas o gajo que recebe o abono, isto se receber abono.
 
A criança nasceu linda e saudável e é amada da mesma forma que o irmão, ela não pediu para nascer e se cá está é fruto de um ato de dois adultos, dois adultos que a amam muito. 
 
Mas pronto lá está, até aqui tudo bem, o problema é que a senhora começa agora a perceber que dois não é a mesma coisa que um, é mais trabalho e mais despesa e quando o tempo e o dinheiro não abundam a coisa complica-se.
A senhora devia saber que ia ser assim e não devia passar o tempo a queixar-se ao marido que os miúdos dão muito trabalho, que ela não tem tempo para nada e não é valorizada.
 
Há quem pense que quem cria um cria dois, para mim dois é dobro de um e as coisas até podiam perfeitamente ser diferentes se o pai não tivesse sido enganado.   
A vida é assim, eu também cometi erros no passado e hoje pago por eles.
 

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